21/06/2009

Os 39 anos da Jules Rimet

Como é bom recordar coisas boas. Não poderia deixar de escrever hoje que nesse dia eu estava com os meus 24 anos, trabalhando na Revista Manchete, no Rio de Janeiro, noivo com a minha esposa e ganhei de presente essa preciosidade que o guardo com muito carinho. Nesse dia, um milhão de pessoas sairam às ruas cantando, sambando e chorando em louvor aos deuses que trouxeram definitivamente para a nossa pátria o troféu mais cobiçado do futebol mundial: a Jules Rimet.

Por isso, os brasileiros amantes do futebol estão comemorando hoje, os 39 anos, da conquista do tri da nossa Seleção Brasileira, no Estádio El Jalísco, no México, no dia 21 de junho de 1970. Eles tornaram o Brasil ainda maior perante todas as nações, completando a conquista gloriosa dos campeões de 1958 a 1962 e trazendo para o nosso pais um título inédito na história do futebol: o de tricampeão mundial.
A maravilhosa campanha não refletiu apenas a técnica e a fibra dos que lutaram dentro do campo. Representou, também, o sentido de organização de um povo e a sua vitalidade. Quando Carlos Alberto levantou no Estádio Asteca a Taça Jules Rimet, telespctadores em todo mundo sabiam que ele o fazia em nome de noventa milhões de brasileiros.

A Taça incorporou-se definitivamente à galeria dos maiores troféus nacionais. Ela simbolizava as memoráveis vitórias alcançadas na Suécia, no Chile e no México, nas quais o povo brasileiro festejou a própria epopéia da grandeza e do progresso do País. As equipes Suécia (1), Chile (2) e México (3).

Na edição sonora as grandes vozes da Copa.
Valdir Amaral (Rádio Globo-D) e Jorge Curi -E)
são os donos das duas mais famosas vozes esportivas do rádio brasileiro. A riqueza e precisão de suas narrativas os brasileiros devem a recordação de alguns dos mais preciosos momentos do futebol nacional. E todos os gols estão documentados no disco.

OS HERÓIS DA COPA



Felix, Leão, Ado, Carlos Alberto, Brito, Piazza, Baldocchi, Fontana, Everaldo, Clodoaldo, Gérson, Edu, Joel, Marco Antônio, Rivelino, Jairzinho, Pelé, Tostão, Paulo César, Dário, Roberto e Zé Mária. Para cada camisa dos craques. Os tricampeões pertecem à estirpe dos maiores jogadores já revelados pelo futebol.


OS ARQUITETOS DA VITÓRIA DO BRASIL

Para chegar ao título máximo, o Brasil não utilizou apenas 22 jogadores. Houve um estado-maior, atuante foras das quatro linhas do campo, dando apoio logistico àqueles que bateram, um a um, os nossos adversários na IX Copa do Mundo. A alguns desses arquitetos da vitória, o Brasil deve tanto quanto aos próprios craques. Por exemplo: Admildo Chirol, o Capitão Coutinho e Carlos Alberto Parreira, responsável pelo preparo físico que a Organização Mundial de Saúde considerou o melhor do campeonato.



Ao lado deles, os médicos Lídio Toledo e Mário Pompeu Brasil, os massagistas Mário Américo e Nocaute Jack e os cozinheiros Mário Rocha e Edgar Barbosa. No escalão superior, o Brigadeiro Jerônimo Bastos (chefe da delegação); Antônio do Passo e Abílio de Almeida, respectivamente chefe da Comissão Ténica e delegado junto à Fifa; Tasso Herédia (administrador), José de Almeida (superintendente) e Sebastião Alonso (tesoureiro). E mais duas figuras exponenciais: Mário Jorge Lôbo Zagalo, o que atuou mais perto das quatro linhas, e João Havelange, presidente da CBD, que com sua eficiência, atuou mais longe.

AS VITÓRIAS DO BRASIL

3/6/1970 - Brasil 4 x 1 Tchecoslováquia - Gols: Petras, Rivelino, Pelé, Jairzinho (2)
7/61970 - Brasil 1 x 0 Inglaterra - Gol: Jairzinho
10/6/1970 - Brasil 3 x 2 Romênia - Gols: Pelé, Jairzinho, Dumitrache, Pelé e Dembrowski.
14/6/1970 - Brasil 4 x 2 Peru - Gols: Rivelino, Tostão (2), Gallardo, Cubillas e Jairzinho
17/6/1970 - Brasil 3 x 1 Uruguai - Gols: Cubilla, Clodoaldo, Jairzinho e Rivelino
21/6/1970 - Brasil 4 x 1 Itáilia - Gols; Pelé, Boninsegna, Gerson, Jairzinho e Carlos Alberto. Na foto (à esquerda), o Estádio Asteca, na cidade do México, foi o cenário da conquista do tricampeonato. Na sua contrução foram gastos sete milhões de horas de trabalho.











Pelé confirmou no México que ainda é o Rei do Futebol, título que alguns críticos pretendiam contestar, Aos 29 anos, Édson Arantes do Nascimento disputou todos os jogos da Copa-70, fazendo gols de placa. No dia 18 de junho de 1985, Pelé visitou a redação de A GAZETA ESPORTIVA e me presenteou com o seu autógrafo.


ONZE NOMES PARA A HISTÓRIA


Na foto, em pé (à esquerda ) Carlos Alberto, Felix, Wilson Piazza, Brito, Clodoaldo, Everaldo e Admildo Chirol (preparador físico). Agachados: Mário Américo (massagista), Jairzinho, Gérson, Tostão, Pelé, Rivelino e Nocaute Jack (massagista).

A taça é nossa!






































Um comentário:

Lourdes Fiedler disse...

Quantas copas já festejamos!!!

Rimos,choramos, gritamos...
Vencendo e perdendo estamos sempre torcendo juntos, não é meu amor?
Te amo.