O milionário hoje mora de favor

Mais um caso triste no futebol. E mais triste quando se trata de ex-jogador que ganhou tudo o que tinha direito quando jogava bola. Estamos nos referindo do ex-atacante Muller. Foi bicampeão mundial pelo São Paulo, em 92 e 93, e campeão pela seleção brasileira em 94. O ex-jogador perdeu tudo e agora vive um dramático momento financeiro. Morando na casa de Pavão, colega de seus tempos do Tricolor, o ex-atacante admite que gastou tudo o que ganhou com mulheres e luxos desnecessários.

Me lembro muito bem quando Muller foi contratado pelo São Caetano e recebido pelo presidente do clube, Nairo Ferreira. Lá estive para fazer a reportagem. Foi uma verdadeira festa, mas fiquei desconfiado com a passoa que o acompanhava. Num dado momento ele (Muller) lhe estregou a caminha do Azulão. Confesso que fiquei com a pulga atrás da orelha, mas enfim, a bola é isso aí minha gente.

O ex-atleta disse que perdeu milhões e hoje em dia não tem sequer um carro (admitiu já ter tido mais de 20) ou um plano de saúde. Também não possui nenhum imóvel ou bem material. O ex-jogador afirmou não ser capaz de calcular exatamente quanto dinheiro ganhou com o futebol, mas sabe que foi muito. "Foi muito. Nem sei calcular quanto perdi. Não sei se deveria dizer, mas perdi milhões. Perdi tudo que consegui no futebol. Joguei fora o que construí ao longo de 20 anos”, disse.

Por outro lado, Muller acredita que a simples falta de orientação não pode ser desculpa para sua situação atual. Nem mesmo os “puxões de orelha” de Telê Santana deram resultado. “Ele era um paizão. Mas eu tomei as decisões erradas. Fiz as piores escolhas. Foi isso”, afirmou.

O período de dificuldade que Muller enfrenta começou em 2009, quando ele deixou o cargo de comentarista na Sportv. Agora, o ex-jogador disse que fechou com uma grande rádio para comentar o Campeonato Brasileiro de 2011 e que está feliz por poder recomeçar do zero. “Estou cheio de saúde e pronto para recomeçar. Tenho vigor para recomeçar do nada”, concluiu. Foto: Almeida Rocha (Folhapress)

E ponto final.