Técnico de futebol sem estabilidade

O que é mais difícil, ser treinador ou jogador de futebol. As duas profissões são bastante ingratas, principalmente no Brasil onde as cobranças beiram o exagero. E não é de hoje que o futebol faz os dirigentes de clube ficarem cada vez mais ricos, poderosos e vaidosos. A corda sempre arrebenta para o técnico que além de enfrentar o desespero dos dirigentes tem que contornar todos os problemas internos e externos.
Além de ganhar uma mereca o técnico dos clubes do interior paulista ou dos estados tem que segurar a bronca junto aos jogadores em termos de salários atrasados. A última vítima foi o ex-jogador do Atlético Mineiro e treinador Ademir Fonseca, no Rio Branco de Americana. O clube não paga há três meses. A derrota em casa (de virada por 2 a 1) para o Ituano no último sábado lhe custou o emprego. Giba entrou em seu lugar.
Na realidade, sem dinheiro na conta bancaria o atleta nunca vai se desgastar e correr atrás da maricota (bola). O dirigente, por sua vez, pouco está ligando para o assunto. Não adianta reclamar. Se reclamar vai para o olho da rua.
Outro clube que está na mesma situação é o XV de Piracicaba, clube de tradicão do futebol paulista e que não vive um bom momento na Série A 3 do Campeonato Paulista. A coisa por lá está preta. O time piracicabano é dirigido por um treinador desconhecido. O nome dele é Moisés Egert.

***O Naviraiense, time que disputa pela primeira vez a Copa do Brasil e que será o advaresário do Santos no meio da semana vez paga boa parte da sua folha salarial, de R$ 60 mil, graças à realização de bingos. Entre os prêmios sorteados estão geladeiras, moto e um fusca recheado com caixas de cerveja e carne. E mole ou quer mais!




E ponto final.